terça-feira, 2 de outubro de 2012

TRISTE.

O meu rosto é limpo,
não uso maquiagem,
meu olhar é triste,
não mostro muito sorriso,
a dor apagou os lábios,
calou o meu brilho,
a saudade roubou a minha luz.

Hoje não vi o sorriso do menino,
minha alma não suportaria vê-lo sorrir,
porque minha alma está morta,
a frieza do meu olhar transpassa,
paira no ar uma paisagem sombria,
o meu olhar reflete a dor da minha alma,
porque a minha alma foi ferida pelos meus olhos.

Meu caminho é feito de solidão,
as minhas esquinas de tristeza,
o meu mar está manchado de sangue,
o crepúsculo é cinza,
a cor da minha alma,
no meu peito a dor do amor,
hoje preta é a cor da flor,
que desabrocha na geleira do sofrimento.

No meu olhar a dor e insônia,
a orquestra composta de lágrimas,
que jorra em minha face,
a amargura do meu ser,
hoje o meu querubim não sorriu,
triste de mim,
além da minha tristeza sem fim,
não senti o cheiro do jasmim.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

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