terça-feira, 2 de outubro de 2012

ESCURIDÃO.

A minha alma foi dominada pela escuridão,
os meus olhos não brilham,
o ermo do medo domina o meu ser,
o beco da minha alma se fecha em dor,
a flor vermelha envelheceu,
preta se tornou a flor.

A alma se revestiu de preto,
preto dominou o ser,
a essência não consegue gritar,
o silêncio dominou a alma,
a vida parece vazia,
em coma está a fantasia.

O mundo se fecha em tempestade,
o crepúsculo não irradia,
a luz se fez treva,
a treva feriu a alma,
o sangue jorra na face,
a dor causada pelos olhos.

Cegar não vai apagar,
a dor dos meus olhos,
o dia se fez noite,
a noite se fez dia,
a amargura está na boca,
a ânsia da morte da loba.

O silêncio me domina,
aprisionada está a minha alma,
os lábios não conseguem falar,
calar acalma a minha dor,
a dor que grita no peito,
o grito da dor do amor.


MÁRCIA MOLARINO_ (Direitos Reservados)


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