sexta-feira, 19 de outubro de 2012

QUEM ME VÊ.

Quem me vê não enxerga além de mim
a uma canção que trouxe vida ao meu viver
a um olhar que nasceu em minha alma
deixou a minha dor enterrar o seu próprio padecer.

Quem olha o meu cabelo desmantelado,
o rosto sério sem maquiagem,
o salto alto, uma postura de doutora
não sabe o que escondo atrás de mim.

Quem me vê andando,
com a bolsa balançando,
não sabe que ando assim,
para ninar a minha alma.

Quem me vê sorrindo,
não sabe que o meu sorriso
esconde a dor que existia dentro de mim, 
um abismo que me consumia.

Quem me vê sentada sozinha,
não entende que o meu silêncio
é muito importante,
ele me protege de mim.

Quem me vê por fora,
não imagina a alma que possuo,
ela é tudo que tenho,
ela é o meu mundo.

Não amo dedo,
muito menos anel,
meu amor é interno,
eu amo alma.

Minha alma é o meu retrato,
da beleza que escondo do mundo,
ela é para quem merece,
guardo a como presente.

Não sou ausente,
mas me sinto presente,
não do lado de quem amo,
mas grudado em sua alma,

Quem me vê dançando e cantando,
não conhece a minha verdadeira canção,
ela é feita de flores plantada no mar  
sem ilusão e com desejo ardente de amar.

MÁRCIA MOLARINO - (Direitos Reservados).

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