terça-feira, 4 de dezembro de 2012

POR TI.

Naveguei por rios de silêncio,
molhei os meus pés na areia da solidão,
senti o frio do inverno da saudade,
as folhas frias no chão do outono,
o calor queimando a minha pele
nas tardes de verão,
por mais que o meu corpo padecesse,
não consegui da minha alma
tirar  esta louca paixão,
por mais que a minha alma gritasse
meus ouvidos não ouviam,
porque o meu coração não deixava,
suas batidas eram tão fortes e altas,
que todos ao redor ouviam,
as batidas da saudade de ti,
meu lindo querubim.

Deixei falar mais alto a voz do meu coração,
regressei então, mas com medo de beijá-lo
para perto do homem que amo,
novamente eu voltei,
a minha vida no trilho voltou,
o sorriso do meu amado a minha vida devolveu,
porque o dia que o conheci,
o seu lindo sorriso cativou a minha alma,
do silêncio me retirou,
sem que soubesse,
a primavera me apresentou,
comecei a vida sentir,
olhar para as flores do jardim,
vê-lo em cada uma delas,
voar nas asas do querubim,
ser feliz com um simples sorriso.

Por ti meu amado querubim,
abririas mão de tudo,
porque és o meu mundo,
adormeceria no teu peito
no mais lindo crepúsculo,
seria para ti a lua revestida de cetim,
te amaria na relva,
seria doce como mel,
selvagem como uma loba,
suave como pétala da rosa,
envolveria me no teu corpo
no calor de uma paixão,
seria menina e mulher,
embriagaria de prazer,
no teu ninho de amor,
apenas vestida com o perfume da flor.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos reservados).

domingo, 25 de novembro de 2012

VIDAS CRUZADAS.

No paralelo da vida,
o destino traçou as ruas que cruzo,
os amigos que faço,
os inimigos que a inveja
e a maledicência apresenta,
mas ignoro-os por serem pequenos.

Aprendi a conviver no meio da falsidade,
sem ser contaminada,
mas aprendi a ser grata aos meus amigos,
que a distância não apagou
o amor e a consideração que aprendi a ter
pelos amigos de mãos estendidas
nos meus momentos de dores e aflições.

As vidas cruzadas,
por Deus abençoadas,
no sorriso a ternura,
no caminhar a trajetória da vitória,
no amanhecer a esperança,
no crepúsculo da memória,
os momentos inesquecíveis,
a bela saudade bendita,
que reluz nos olhos da menina.

Hoje guardado na memória está
o momento que ontem vivemos,
ficou o belo encontro registrado
entre sorrisos e gargalhadas,
outros momentos virão,
para a memória agradecer,
os belos momentos de bem querer,
entre os amigos que a vida cruzará,
as belas almas que unirão os seus corações
pela  eternidade como amigos_irmãos.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).


domingo, 18 de novembro de 2012

CANTOR

Teu olhar moreno na pele queimada do sol
na minha alma penetrou,
a minha paz retirou,
a minha boca secou,
a minha alma te enamorou,
com o teu sorriso se encantou.

Mas,
meu lindo moreno,
foi pelas tuas canções
que eu me apaixonei,
vi em ti o que desejava para mim,
dividir as minhas obras com alguém,
com cada alma que lê o que escrevo.

Teu olhar me inspira,
como se cada gesto fosse uma letra,
um sorriso uma frase,
um dia uma poesia,
uma noite uma sinfonia,
um pensamento uma crônica,
você é o meu livro,
o começo e o fim da minha história.

Tê-lo como minha inspiração,
é possuir um pedaço de ti,
não uma carne,
mas um pedaço da tua alma,
algo para sempre,
é eterno o que escrevo,
mesmo depois de anos de escrito,
todos saberão que aquela poesia pertence a ti.

Eu fiquei enamorada do cantor,
do menino anjo e do homem com sorriso de menino
hoje amo os dois intensamente,
és a minha grande paixão,
de um  lado o homem sedutor,
do outro o meu amado cantor,
hoje só desejo ser apenas a tua flor,
meu amado Menino, meu belo cantor.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

domingo, 4 de novembro de 2012

RUGAS.

Marcas de uma vida,
profundas e vazias,
olhos sobressaltados,
sorriso inacabado,
beleza escondida,
atrás da colina,
perdida na vida,
aonde não mais existe fantasia,
apenas recordação,
memória do coração.

Corpo debilitado,
fraqueza com dor,
ainda existe a flor,
não mais na juventude,
há na alma gravada
os momentos de glória,
de perdas e vitórias,
carregados de histórias,
alguns trazem alegrias nas memórias,
outros remorsos nos corações,
mas a grande maioria trazem
um abismo vazio em suas  almas
das dores que causaram em outrem.

Rugas,
beleza da vida,
vidas vividas,
alegres ou não,
sofridas ou amadas,
perdidas e conquistadas,
no futuro a memória,
outrora a recordação,
de nomes tatuados em nossas almas,
de amores e frustrações,
que o tempo não apagou,
pelo contrário,
cicatrizou em nossos corpos,
através das nossas rugas.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

sábado, 3 de novembro de 2012

AGORA.

Momento em que desejo estar contigo,
passear de mãos dadas,
ser levada sem direção,
sem caminho ou rota,
sem destino ou tino,
apenas ir contigo para qualquer lugar,
onde eu possa te amar,
apenas,
agora,
amar.

Vagar no mar,
voar nas tuas asas,
amar teu corpo,
agora eu quero apenas estar contigo,
na rua sem nome,
na casa sem número,
na lua e nua,
no céu sem véu,
com o coração na mão,
sem saber se serei feliz ou não.

Agora,
não quero respostas,
não tenho perguntas,
não sei raciocinar,
não tenho razão,
sou emoção,
vou na tua direção,
se cair ou não,
quero a chave do teu coração,
vou ser amada neste chão.

Agora,
eu só quero a tua boca,
sem destino no meu corpo,
sem pudor mas com amor,
ser menina traiçoeira,
ser tua faceira,
ser feiticeira e feitiço,
beber do teu veneno,
ser a tua cura menino,
ser amada no teu ninho.

Agora,
quero  apenas o teu pecado,
quero a tua gratidão,
sou toda feita da tua canção,
sou lareira precisando da tua geleira,
quero as labaredas do céu,
as águas profundas da terra,
quero ser lama e relva,
chuva e sol,
ser consumida na luz do teu farol.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

ESPELHO.

Refleti a minha alma
no rio dos teus olhos,
no oceano da tua alma,
no espelho do teu caminho,
encontrei o reflexo de mim
dentro de ti.


Parei diante do espelho,
a minha alma estava exposta,
havia algumas marcas,
que adquiri no decorrer da vida,
algumas marcas muito profundas,
cicatrizes antigas e alguns arranhões.


Parei diante da minha dor,
não havia sofrimento,
chagas foram cicatrizadas 
o sangramento cessou,
nada como uma bela canção
para curar e secar as feridas.


Parei diante do rio,
refleti o meu rosto cansado,
mas havia um sorriso de alegria 
misturado com vitória, venci 
a minha trajetória, o meu coração cicatrizou
toda ferida desta história.


Diante do espelho da minha vida,
sobrou apenas o teu sorriso,
do homem na alma do menino,
o sorriso que me libertou do meu silêncio,
aprisionou a minha alma na tua bela canção,
tatuou para sempre o teu nome no meu coração.

MÁRCIA MOLARINO _ (direitos Reservados).

sábado, 20 de outubro de 2012

NÃO TENTE.

Não tente descobrir o segredo da minha alma
ela já tem a sua canção, ela curou a minha dor
deixou o meu jardim com o seu perfume de flor
hoje eu sou poesia entre versos e rimas, eu sou amor.

Não tente corromper a minha alma,
nem desvendar o que não te pertence,
deixe o véu onde está,
o meu corpo não quer te amar.

Não abras um sorriso,
não tente imaginar o meu pensamento,
ele não te pertence,
para outro eu elevo-os.

Não imagines a minha alma,
não tente se aproximar de mim,
não sinto desejo por ti,
meu cheiro busca o do jasmim.

Não queiras o meu amor compreender,
é de salientar que nem eu o entendo,
apenas o respeito e aceito,
o que minha alma tatuou.

O meu desejo é feito de alma,
não é fácil conquistar,
porque a alma apenas necessita,
de outra alma para amar.

Busquei na vida decifrar,
este amor que no peito teima em queimar,
cheguei a conclusão,
houve conluio da minha alma e coração para salva-lo.

Então,
não tente o meu amor conquistar,
a minha alma entregou-o para outro homem,
aquele que ela deseja amar, o da canção que a curou.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

QUEM ME VÊ.

Quem me vê não enxerga além de mim
a uma canção que trouxe vida ao meu viver
a um olhar que nasceu em minha alma
deixou a minha dor enterrar o seu próprio padecer.

Quem olha o meu cabelo desmantelado,
o rosto sério sem maquiagem,
o salto alto, uma postura de doutora
não sabe o que escondo atrás de mim.

Quem me vê andando,
com a bolsa balançando,
não sabe que ando assim,
para ninar a minha alma.

Quem me vê sorrindo,
não sabe que o meu sorriso
esconde a dor que existia dentro de mim, 
um abismo que me consumia.

Quem me vê sentada sozinha,
não entende que o meu silêncio
é muito importante,
ele me protege de mim.

Quem me vê por fora,
não imagina a alma que possuo,
ela é tudo que tenho,
ela é o meu mundo.

Não amo dedo,
muito menos anel,
meu amor é interno,
eu amo alma.

Minha alma é o meu retrato,
da beleza que escondo do mundo,
ela é para quem merece,
guardo a como presente.

Não sou ausente,
mas me sinto presente,
não do lado de quem amo,
mas grudado em sua alma,

Quem me vê dançando e cantando,
não conhece a minha verdadeira canção,
ela é feita de flores plantada no mar  
sem ilusão e com desejo ardente de amar.

MÁRCIA MOLARINO - (Direitos Reservados).

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

MEU ANJO LOBO.

A minha essência é forte,
minhas garras afiadas,
meu perfume é de loba,
minha alma de um  anjo.

Não tenho a pele de cordeiro,
nem os olhos de serpente,
mas tenho o instinto de loba,
meu olhar é silêncio.

Não sou feita apenas de luz,
tenha a fúria no olhar,
quero alguém como eu,
meu anjo lobo.

Não quero anjo de asas,
quero tu meu lobo de asas,
porque sei que és forte para proteger-me,
e doce para  amar.

Meu anjo lobo,
homem de sorriso doce 
olhar meigo  e ardente,
de sangue quente.

Tuas asas me protegerão
teu pelo de lobo me seduzirá,
sou presa fácil para ti,
pois me amansa e prendes na tua luz.

Meu anjo que  atrai o meu coração 
com o teu olhar de esmeralda
meu lobo que  consome a minha alma com a tua canção
minha alma dança no teu céu
.
Sou fêmea com domínio forte,
tu és o meu anjo lobo encantador,
mas o meu anjo lobo é doce,
teu beijo tem o perfume da flor.


MÁRCIA MOLARINO. _ (Direitos Reservados).

MENINO.

Chove lá fora,
eu aqui neste teclado,
ouvindo o barulho da chuva,
sentindo a gota caindo na minha flor,
pensando o dia inteiro em ti,
não conseguindo um instante deixar de pensar em ti,
lindo menino de olhar de esmeralda, meu lindo.

Vontade ardente de vê-lo, sentir o teu perfume,
contemplar o teu sorriso, ver-te meu lindo menino sorrir,
enche de paz a minha vida,
transforma os meus problemas
em questões de segundo escalão,
porque és o primeiro no meu coração, só Deus está acima de ti
amo-te de loucura, lindo menino, meu amado.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

CAFÉ.

Senti um cheiro de infância no ar,
um cheiro de nostalgia,
voltei ao meu tempo de menina,
o cheiro de café torrado na hora,
servido com bolinhos,
em forma de sonhos.

Os livros na mesa,
lembrava que já era tarde,
hora da menina parar de brincar,
a noite raiando,
a ceia já iria começar,
os sonhos na caixa guardar.

Aquele cheiro forte da vida,
do sítio da vovozinha,
saudade que guardo no peito da minha bisa,
saudade dos meus tempos de menina,
guardados na minha memória,
uma linda parte da minha história.

O moinho de cana de açúcar para adoçar
o café com garapa,
os mini bolinhos da bisa jamais serão esquecidos,
faz parte do meu encanto de menina,
foi um tempo de risos,
o tempo do café moído na hora,
do cheiro forte da vida.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

ALÉM DE MIM.

Eu sou um cosmo a procura de outro,
um infinito composto por fim,
uma procura além de mim,
que está em ti meu jasmim.

Sou um olhar profundo,
uma porta aberta,
um coração pulsante,
que acelera com a tua presença.

Sou um raio de sol na chuva,
a água da chuva que desliza no teu corpo,
sou o frio que te causa arrepio,
meu doce menino.

Sou a relva molhada a tua espera,
sou a lareira que aquecerá teu corpo,
sou a boca entreaberta esperando teus beijos,
sou eu que espera com loucura o teu amor.

Serei a alegria da tua manhã,
a mulher da tua noite,
o teu sorriso após o amor,
serei a tua flor.

Tu és
é o homem que anseio,
os olhos que me acalma,
a cura do meu mal.

Tu és o carinho que preciso,
as mãos que desejo no meu corpo,
a boca que controla o meu olhar,
o homem que eu quero amar.

Tu és o meu silêncio,
as algemas que aprisionou a minha alma,
os olhos que domina o meu ser,
o meu bem querer.

Tu és é o que vem além de mim,
o que meu corpo clama e grita,
com o olhar de domínio e asas de anjo,
sou dominada e amada pelo teu olhar.

Tu és
meu mar de desejo,
meu menino de olhar de esmeralda,
um homem lindo, meu amado.

Tu és
meu corpo fora de mim,
meu coração batendo em outro peito
meu desejo em forma de anjo, meu lindo Lord.



MÁRCIA MOLARINO _ ( Direitos reservados).

terça-feira, 16 de outubro de 2012

AMOR.

LINDO SOL

Ah meu sol, o sangue que corre na minha alma,
é regido pelo sentimento que movimenta o meu querer,
dá brilho aos meus olhos,
me conduz à luz, através da tua voz.

Amor, tua canção enche minha vida de cor,
é a célula motor da minha vida,
a fantasia das estrelas,
o encanto da lua no momento do amor.

Lindo menino em forma de anjo,
flor que brota toda manhã na minha alma,
perfume que jorra dos meus poros,
que distribuo no meu olhar.

Amor, em forma de canção,
caminho em que flutuo,
se um dia morrer,
quero morrer de amor ouvindo você.

Amor, meu lindo SOL,
pedaços de carinho,
células de beijos,
chão de saudade.

Amor, lindo SOL,
amor que arde no peito,
pulso que bate pela vida,
sorriso do meu amado e lindo .

Amor, sou eu, sim sou eu,
sou composta por este
sentimento em forma de canção
que sinto quando ouço você.

MÁRCIA MOLARINO. _ (Direitos Reservados).

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

DEIXE.

Deixe o meu grito sair,
o meu arrepio escapar,
o meu caminhar encontrar
o teu verdadeiro caminho,
o amor que tu guardas no teu peito,
que eu anseio em ouvir da tua boca,
para o meu corpo te entregar,
meu lindo menino,
que tanto desejo amar.

Deixe que eu te mostre o meu caminho,
que eu te ensine o que me faz feliz,
o que o meu corpo necessita,
o amor que tanto anseio,
que guardo dentro do meu peito,
nos teus braços quero encontrar,
nas tuas mãos desejo sentir,
meu amado querubim,
meu lindo jasmim.

Deixe que a tua alma eu invada,
que te leve para o céu,
tu possas retirar o meu véu,
encontre no meu corpo todas  noites,
os véus que guardei para ti,
mostrando-te o caminho do prazer,
te deixando ser o homem dominador,
levando esta pequena flor a loucura,
meu amado menino, lindo querubim
quero na minha vida viver contigo,
noites de tormentos, apenas deixe...........

MÁRCIA MOLARINO. _ (Direitos Reservados).

domingo, 14 de outubro de 2012

MINHA ALMA.

O que habita na minha alma,
me faz viver na insônia,
me faz sorrir e chorar,
ser menina e mulher,
viajar entre a ilusão e a realidade.

O que vai na minha alma,
me faz ser larva e borboleta,
ser santa e pecadora,
ser apenas uma alma enamorada,
por ti meu amado.

O que vai na minha alma,
guardo em silêncio,
mas não nego a quem pergunta,
porque meus olhos não negam que 
só tem uma direção, a do teu coração.

O que vai na minha alma,
tem olhar de menino,
sorriso de sedutor,
cheiro de homem dominador,
perfume de jasmim.

O que vai na minha alma,
me alucina quando ouço
deixa a minha boca seca e
o meu corpo trêmulo,
de prantos e desejos.

O que vai na minha alma,
é um amor maior do que eu,
que nasceu de uma canção
és tu meu lindo anjo de olhar de esmeralda
meu lindo querubim 


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados)

ANGÚSTIA.

Minha alma hoje não sorri,
a angústia toma conta de mim,
os meus versos buscam rimas,
mas na maioria vão rimar com lacrimejar,
a tristeza tomou conta de mim,
a dias estou longe do meu jasmim.

Meus versos são de solidão,
a saudade bate no chão,
durmo a insônia da vida, 
o clarão do luar é o meu companheiro,
as estrelas as minhas confidentes
da saudade que sinto de ti.

Se pudesse arrancaria tu de dentro de mim,
mas é inútil,
já fizestes raízes profundas,
apenas sinto dor,
a companheira das noites frias,
a minha amiga sem fim.

Hoje queria sorrir,
mas a tristeza tomou conta de mim,
amanhã quem sabe eu veja
o meu belo jasmim,
o teu belo sorriso trará,
a paz para dentro de mim.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos reservados).

RETIRE.

Retire o meu véu,
desvende a minha alma,
vá ao fundo do meu silêncio,
eu estarei nua e sem máscara,
pronta para ser como tu desejas,
simplesmente alma despida de pudor.

Retire o véu dos meus olhos,
descubra a minha alma,
mostre o teu paraíso,
atrás do teu sorriso,
deixa eu ver o teu céu,
que te mostrarei a minha alma nua.

Retire o meu véu,
desvende o meu corpo,
conheça os meus contornos,
estou em cada verso de amor
me transborde de prazer,
meu bem querer.

Retire o meu véu,
vá fundo no meu ser,
retire o lacre da minha vida,
tatue de vez o teu nome na minha alma,
deixe eu te mostrar a minha flor,
te mostrar o meu crepúsculo, ser o teu amor.

Retire o meu véu,
verás o meu mar,
serás o meu sol,
te levarei às estrelas,
serás a luz do meu amanhecer,
meu amado bem querer.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos reservados).

CARINHO.

Minha alma precisa de um pouco de carinho,
senti novamente a chama do crepúsculo,
ser acariciada por vários minutos,
para entender que ainda faz parte deste mundo.

Minha alma chora a tua falta,
o teu sorriso faz parte da minha história,
ele alimenta a minha poesia,
me faz sentir novamente menina.

Traz à tona a mulher,
vestida de perdição,
sendo desejada ser amada neste chão,
meu amado querubim.

As águas calmas da minha alma não existem mais,
tornaram-se tormentas de loucura,
onde desejo estar nua e acariciada por ti,
meu amado jasmim.

A minha alma anseia pelos teus carinhos,
vindo das tuas mãos e boca,
saciar os meus desejos de mulher,
delirar de desejos em tuas mãos.

Quero chegar ao paraíso,
ser tua meu menino,
é o que minha alma deseja,
meu querido.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos reservados).

MEU AMOR.


A tua tristeza doeu em minha alma,
o teu sorriso não era o mesmo,
a tua alma parecia sofrer de uma dor sem fim,
oh meu amado jasmim.

Ver que teus olhos não sorri,
que teus lábios estão sérios,
minha alma entra em sofrimento,
por ti vivo o mais lindo sentimento.

Não deixe que as dores matem o teu sorriso,
nem que a distância atormente a tua alma,
nem que eu trave uma luta com o inferno,
irei te buscar aonde estiver.

Nada e ninguém apagará este amor que sinto por ti,
meu amado querubim,
és a minha razão de viver,
és a paz que sempre busquei.

És o amor que sempre pedi ao Meu Deus,
és a minha vida em forma de amor,
és a minha rosa
hoje dedico-me inteira a ti, meu amor.

Meu amado,
amo-te como amo a mim,
tu és a razão de eu estar nesta terra,
minha vida está em tuas mãos, meu amado moreno.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos reservados).

MENINA.

Ainda guardo na memória a doçura da menina,
a alma ainda sente saudade das flores,
dos castelos de areia,
da menina que sonhava ser sereia.

Se encantava com as bolinhas de água de sabão,
que vivia rindo de tudo,
achava tudo bonito e
cantava tudo errado.

Achava tudo lindo,
como era realmente lindo,
a vida sem maldade,
a doçura em forma de flor.

Saudade da minha menina
que guardo em uma redoma,
dentro da minha alma,
que me faz feliz,
só em lembrar que ainda possuo o sorriso,
da minha linda menina.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

MORENO.

Queria sentir a tua barba sem fazer
na minha nuca e sentir os teus beijos,
as tuas mãos grandes deslizando no meu corpo,
a tua boca beijando o meu ventre,
sentir este fogo ardente.

Quero ser a menina dos teus dias,
a mulher das tuas noites frias,
a tua loucura em forma de prazer,
quero apenas ser tua,
meu amado bem querer.

Quero o teu sorriso gostoso,
a tua voz firme,
a tua alegria envolvente,
a tua alma entrelaçada na minha,
na mais doce fantasia.

Meus olhos te contemplam moreno,
a tua alma está com a minha,
pois os meus pensamentos durante os dias são todos teus
e as noites meus sonhos te pertencem
meu amado querubim.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).


DEMÊNCIA.

No momento que visto,
a pele da mulher sedutora,
retiro todo o meu pudor,
para me transformar na tua flor.

Ser seduzida pelo teu prazer,
entregar-te o meu querer,
ser possuída com loucura,
te entregar a minha demência.

Ser para ti a pura chama,
queimar-te de prazer,
ser apenas mulher,
no teu leito menino.

Ser a tua fantasia
em forma de desejo,
na mais doce harmonia,
pele, paixão e desejo.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

TORMENTO.


A minha alma vai encontrando a sua paz,
no meio dos conflitos causados em minha alma,
das dores e sorrisos amargos e falsos,
na tua bela canção o tormento foi extinguindo,
o amor que dentro do meu peito nasceu o meu ser salvou.

Ainda vivo um tormento,
mas não há dor capaz de me levar ao mar 
do abismo novamente, amar-te me fez viver,
e vivo porque te amo e tua bela me enfeitiçou,
meu amado, sua canção me salvou.

Não há dores eternas
e nem alma que não se salve 
se a vida nos dá a cura
cura que alivia tormentos e olhos revoltados
por amores negados.

Só sei que este amor que sinto,
guardado em uma redoma de vidro,
é a beleza de uma eterna gratidão
ao menino que meu sorriso devolveu
a minha alma enamora o seu belo cantar, lindo anjo.


Por favor amado meu,
guarde este amor em uma redoma,
porque quero ofertar-te todo o meu ser,
meu lindo anjo Sol,
meu amado, meu lindo querubim.

MÁRCIA  MOLARINO _ (Direitos Reservados).

NORMAL.

Não nasci para ser normal,
porque o poeta cria o seu mundo ideal,
dos seus amores e dores,
da angústia e  alegria,
do seu  amor,
cantado em flor.

Nasci para amar,
declamar em versos o meu coração,
ser movida pela paixão,
rasgar a minha loucura,
mostrar as minhas feridas,
deixar ser levada pela fantasia.

Criar a minha felicidade
entrelaçada a tua,
viver na tua cama,
todo o desejo e delírio,
ser corpo e alma,
ser tua e totalmente nua,
meu amado menino.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

sábado, 13 de outubro de 2012

QUERIA SER.

Na tua estrada
queria ser o caminho,
na tua vida,
a tua harmonia.

Na tua dor
queria ser a cura,
na tua alegria,
o motivo.

Queria secar as tuas lágrimas,
com os meus beijos ardentes,
curar as tuas feridas
com as minhas carícias.

Queria ser a tua noite tranquila,
o teu acordar de alegria,
as respostas das tuas peguntas,
a tua doce fantasia.

Queria ser o teu bom dia,
a tua companheira de luta,
o teu sorriso pela manhã,
o teu prazer a noite.

Queria ser a chuva que rega a tua vida,
o sol que brilha nos teus olhos,
o suor de sai dos teus poros,
a água que purifica o teu corpo.

Queria ser o carinho que necessita,
a flor que germina no teu peito,
a mulher que dorme no teu leito,
após ter saciado os teus desejos.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

OLHAR DA ALMA.

Não vejo o teu andar,
mas caminho junto de ti,
não sinto os teus beijos,
mas sinto o teu carinho em mim.

Sempre ouço a tua voz,
escuto cada palavra
vinda dos teus olhos,
no teu doce olhar.

Não toco na tua pele,
mas beijo a tua alma toda noite,
não enxugo as tuas lágrimas,
mas a tua dor machuca a minha alma.

Não faço amor contigo,
mas durmo no meu leito
toda  noite te ouvindo,
e abraçada com a tua alma.

Não ouço os teus problemas,
mas sei quando estás triste,
não te dou um presente,
mas recebo um toda vez que sorri.

Aprendi na vida te enxergar
não com os meus olhos,
mas com o olhar da minha alma,
ela sabe como tu estás.

Aprendi a te ouvir
quando tua canção fala comigo
tu não sabes como voo
tua canção me deixa nua no luar.

Aprendi a ler o que falas
com o teu cantar
a interpretar o teu olhar,
e por ele fui me apaixonar

Hoje eu sei quem tu és,
mas tu não sabes quem eu sou,
porque ainda não me conheces
mas sou a poesia que tua canção salvou.

Aprendi que o nosso tempo
nasceu em uma noite chuvosa,
onde minha alma conheceu no teu cantar,
a minha poesia de amor por ti.

Aprendi a tirar dos teus olhos
a tua verdade em cada verso,
e tu aprenderás  meu amado,
me conhecer no meu silêncio.

O olhar da alma fala mais alto,
porque o corpo mente,
mas a alma é transparente,
é linda e envolvente.

Me apaixonei pelo teus olhos de anjo,
pelo sorriso do menino bonito,
porque são as portas de entrada da alma,
o olhar e o sorriso são os retratos de uma alma bela.

Aprender ler a alma de quem amamos,
é saber que não amamos apenas o corpo,
mas a beleza que dos olhos da alma vem,
porque o corpo acaba e a alma é eterna.

Aprendi que te amo mais do que imaginava,
porque amo a tua alma linda,
a alma é a essência de um ser,
é meu amado a tua beleza ímpar.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

MEU GRITO.

Não busco ser compreendida,
nem tampouco busco afirmação,
os meus cabelos já me impede,
de ser apenas razão.

Hoje o meu grito é de alma,
de tudo que plantei no meu coração,
jogo fora a fantasia da dor,
hoje estou vestindo flor.

Não quero a realidade fria,
nem tampouco o amanhecer cinzento,
quero um arco-íris berrante,
quero ser toda ardente.

Meu grito é de mulher,
mas guardo a menina,
na hora da carícia,
é ela que grita.

Meu grito é de verdade,
da mulher que ama e rasga este amor,
que se dane o mundo se não entender,
eu quero é ser feliz com tua canção de amor.

Meu vestido ainda mostra um leve decote,
mas uso a sedução do silêncio,
ele te envolve mesmo de longe,
te laço meu moreno.

Meu grito revisto de amor,
de prazer e malícia,
mas o grito que quero viver,
é o grito de prazer.

Este grito pode ser a qualquer hora,
em qualquer momento,
desde que seja junto a ti,
meu amado bem querer.

Meu grito nasce na alma,
transpassa na minha face,
entrelaço nos teus braços,
meu amado querubim.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

MÃE AMADA.

A minha poesia se reveste de luz
ao contemplar o teu manto azul,
a tua face de paz e retidão,
toca todos os teus filhos na alma e coração.

Foste exemplo de mãe,
foste a mulher prudente,
de postura e sabedoria,
foste escolhida para ser a mãe do Salvador.

Impossível não te admirar,
o teu nome sempre exaltar,
para sempre será lembrada,
Oh Mãe Amada.

Mesmo aqueles que não são devotos de ti,
sempre lembram do teu rente amor,
és o exemplo do mais belo sacrifício,
o de sofrer junto com o seu filho.

No teu sagrado dia,
que os pedidos dos seus devotos sejam ouvidos,
mas com certeza,
tu serás muito mais amada.

O manto bendito,
sejas para todos os teus filhos,
lembrada com amor,
a Nossa mais bela Flor.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados)

SORRIR.

A luz do luar entrou pelo quarto,
meus olhos permaneceram inertes,
teus olhos melancólicos e tristes,
entristeceram a minha alma,
não consegui dormir em paz,
teu olhar na minha memória ficou,
é impossível adormecer,
sabendo que estás com dor no teu olhar.

A tua tristeza chegou até o meu ser,
não consigo ser feliz sem o teu sorriso,
sem a leveza da tua alma,
sem a beleza da tua essência,
sem o teu olhar de menino,
sem o teu jeito que me fascina,
neste teu lindo olhar,
envolvido de fantasia.

Hoje a poesia é triste,
falta a maior dose de beleza,
falta o teu olhar doce de menino,
que suaviza a minha alma,
traz a alegria ao meu ser,
me faz acreditar no amanhecer,
sentir a tua alma do meu lado,
meu lindo bem querer.

A poesia  está revestida de dor,
sinto a tua dor no teu olhar,
se pudesse estaria do teu lado,
daria para ti todo o meu amor,
cuidaria das tuas dores
como se minha fosse,
porque a tua faz parte de mim,
meu amado querubim.

Voltas a sorrir  meu amor,
espero o tempo que for,
para te contemplar sorrindo,
o sorriso do menino que me encantou,
que do meu silêncio resgatou,
mas a minha alma para sempre algemou,
o meu coração dominou,
hoje tua eu sou.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

SOU.

Não sou matéria,
não sou chão,
sou alma que flutua na emoção,
nas asas da imaginação,
na doçura de um coração.

Não sou santa,
muito menos pecadora,
sou apenas uma mulher que ama,
que tem a alma algemada,
pelo doçura de um lindo olhar.

Não tenho a alma na luxúria,
mas amo classe e o glamour,
sou formada de perfume,
um dia uso perfume da paixão,
no outro uso o da emoção.

Sou alma,
sou olhar,
sou o perfume do amor,
sou a pura flor,
sou formada da chama do amor.

Não sabia voar, mas aprendi para voar
toda a noite para junto da tua alma,
onde minha alma encontra proteção,
voo junto com a tua bela canção,
tua alma é carregada de amor que acalma o meu coração.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

HOMEM.

Perdido estou,
sem rumo eu vou,
homem perdido que sou,
da solidão não escapei,
gritei,
berrei,
mas a minha amada a mala fez,
no chão fiquei,
perdido estou,
sou um sofredor.

Corri,
implorei,
rastejei,
nada adiantou,
a morena de raiva,
o meu amor levou,
a faca no peito cravou,
nada de mim restou,
sou um homem perdido,
um pobre sofredor.

Estou desiludido,
a beira de um abismo,
troquei a loira pela morena,
a praga veio junto,
hoje quem chora sou eu,
este pobre sofredor,
que nunca conheceu o amor,
queria apenas uma paixão,
hoje estou jogado na lama,
no meio do esgoto,
abraçando a solidão.

MÁRCIA MOLARINO_ (Direitos Reservados).

domingo, 7 de outubro de 2012

OLHOS TRISTES.

Ao longe avistei,
um sorriso me envolveu,
as mãos acenaram,
um cumprimento eu ouvi,
mas foram os teus olhos tristes,
que em minha alma tocou,
naquele instante o mundo se abriu,
teus olhos me cativaram,
na minha face meus lábios se abriram,
nasceu o sorriso da menina,
o mundo se tornou a mais bela fantasia.

Teus olhos tristes
esconde o mais belo mistério,
em uma redoma de vidro,
guardas o amor da tua donzela,
revestes todas as noites,
aquela manhã ensolarada,
em que o sol brilhava junto de ti,
o teu olhar triste roubaria
para todo o sempre,
o silêncio da menina,
que em contrapartida
te entregaria,
todo o amor guardado no meu peito.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

A POETISA.

A poetisa é imortalizada
nos versos criados que nasce de canções,
na harmonia do amor e da sua criação,
na poesia que nasce na sua alma
e derrama em forma de flor
pelos seus lábios soam o amor.

A poetisa vive no silêncio do amor,
transpira em cada poro o seu perfume,
dias em que seu perfume são flores silvestres,
outros o da  mais bela rosa branca,
mas sem dúvida,
todos com a suavidade do amor.

A poetisa é uma eterna enamorada,
vive cantando o amor,
entre a alegria e a dor,
entre as rosas e os espinhos,
entre os amores e o mundo,
tudo inspira esta pobre sonhadora.

A poetisa é um ser imaginário,
vive entre o sonho e a realidade,
ora é uma doce criança,
em outro uma mulher devassa,
um homem perdido,
no mundo dos iludidos.

A poetisa é uma feiticeira que cura
a dor de amor com palavras,
com uma dose de carinho
misturado com compreensão,
tudo bem juntinho,
acalma qualquer coração.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

JESUS CRISTO.

Hoje é dia Santo,
dia de meus joelhos encontrarem o chão,
dia de entregar a minha vida em tuas mãos,
dia de lhe pedi perdão,
dia de oração.

Hoje é o dia da gratidão,
de agradecer pelo teu amor,
de retribuir-te com louvor,
as dores que sofreu por mim
na cruz do Calvário.

Hoje dia de reflexão,
dia de entregar-te o meu coração,
dia de confessar-te,
que não sou ninguém sem ti,
meu amado Jesus Cristo.

Hoje,
ontem,
amanhã,
não importa o dia,
todos serão teus,
meu amado senhor.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

sábado, 6 de outubro de 2012

A CAPA.

Não abras se não quiser ler,
não contemple apenas a capa,
pare e perda um pouco de tempo,
existe mais do que uma simples capa,
existe essência e vida neste ser,
não pare na capa.

O mundo é feito após a capa,
mas não abra se não for ler,
não abra se ler e não estiver
afim de compreender as entrelinhas,
não deixe de ler o rodapé,
a vida não termina antes do fim.

Não pare na capa,
não contemple só o externo,
perda todo o tempo,
vá além das entrelinhas,
retire o lacre,
percorra todo o livro.

Se não entender,
releia quantas vezes for necessário,
pode ser até cansativo,
mas às vezes não notamos os detalhes,
neles estão todas as respostas,
a porta da felicidade.

Não pare na capa,
porque ela pode ser sombria,
apenas para te convidar,
a descobrir a leveza da leitura,
o amor atrás das máscaras,
a vida após as incertezas.

Não pare na capa,
ela apenas te convida para a descoberta,
para a próxima página,
para uma noite de deleite,
entre você e o livro,
entre você e o teu conteúdo.

Procure desvendar o que está atrás das palavras,
o que vem após a capa,
o que te deixará de queixo caído,
ao ver que além da capa,
há muita vida te esperando,
e um novo mundo se abrindo.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

FÉ.

No momento de amargura,
em que meus pés estavam na beira do abismo,
o chão se abriu em dor,
minha alma rasgava-se em prantos,
tu estavas ali,
meu amado Deus.

Nas noites frias do inverno,
na insônia das noites de verão,
na solidão da primavera,
nas tardes cinzas do outono,
o meu corpo estava só,
mas a minha alma foi carregada por ti meu Deus.

No momento em que o véu se abriu,
a verdade cravou uma faca no meu peito,
amigos de máscaras escuras caíram,
a febre do medo me consumiu,
o sangue da alma na minha face escorreu,
Jesus tu foste o meu consolo, da dor me socorreu.

Andei só  no estreito da morte,
vaguei na solidão da vida,
cai em várias armadilhas,
pisei em falso e sofri,
mas no chão nunca fiquei,
de lá me retiraste meu Deus.

Na vida em pouca coisa confio,
mas eu ti sou cega de paixão,
entrego a minha vida em tuas mãos,
porque até sofro a dor do mundo,
a minha alma até derrama lágrima,
mas apenas por um minuto.

Nos momentos de aflição busquei a tua face, meu Senhor
derramei todas lágrimas possíveis neste momento,
o meu coração acalmaste, me deste a cura
a minha vida transformaste em flor com uma bela canção
por isto tua filha eu sou Senhor, te agradeço a voz que me tirou da solidão.

A minha fé por ti é imensa
diante da tua misericórdia me rendo a ti,
o teu amor por mim é maravilhoso
sempre me socorre nas aflições,
por está razão te agradeço e louvo a ti,
porque és o meu Grande Amor, meu amado Senhor

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

MINHA ALMA.

Minha alma se despede do luto,
a certeza de dias melhores
no horizonte desponta,
o desejo de voar em tuas asas,
abre o meu peito de esperança,
de ser menina e mulher nos teus braços,
gemer de prazer no teu ninho,
ser tua meu menino.

Minha alma se despede das incertezas,
vou correr para o teu leito,
deitar no teu peito,
ser mulher nos teus braços,
saciar os teus desejos,
ser pequena,
mas ser fêmea,
a deusa da tua fantasia.

Minha alma se despede das lágrimas,
quero brotar um sorriso,
quero tirar este luto,
correr para tua direção,
ser movida pela emoção,
gemer de prazer nas tuas mãos,
não quero ter razão,
quero ser tua meu


Minha alma se despede da solidão,
quero dormir  na tua cama,
fazer parte da tua vida,
ser real,
ser leal aos meus sentimentos,
não quero ser papel,
quero apenas ser fiel a ti,
meu amado querubim.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

ESPANHOLA.

Rodo a minha saia vermelha,
cabelos soltos ao vento,
um leque de saudade na mão,
as minhas castanholas na outra.

Visto de solidão,
jogo meu lenço ao toureiro,
meu corpo se reveste no espírito
da espanhola que habita em mim.

O sangue que corre nas minhas veias,
me retorna a doce paella,
mistura de sedução e medo,
sou a Espanha Brasileira.

Bebo os rios da terra,
viajo junto da raiz,
sou uma saia rendada,
sou o cheiro do cigano.

Sou a sedução,
sou a mulher de sangue vermelho,
sou a castanhola,
sou a espanhola.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

CENA.

A dor da noite escurece os meus olhos,
mais uma noite de agonia,
viver entre o riso e a tristeza,
ter a companhia da insônia,
em alguns momentos a tua face,
em outros as minhas lágrimas,
tornando a noite fria,
sem nenhuma fantasia.

A minha alma vive num eterno tormento,
entre a alegria de te ver,
entre os teus sorrisos,
entre a memória fatídica,
o desespero das noites em branco,
o gosto amargo de fel na boca,
o desejo da tua presença,
a ânsia da minha cura.

A minha nuca endurece,
as minhas mãos tremem,
o meu peito dói,
sinto uma angústia,
ao mesmo tempo a esperança abre a porta,
sinto a sua luz entrar,
de repente a escuridão chega,
com ela o aperto na boca.

Quero tirar esta dor de dentro de mim,
quero chorar e gritar,
o silêncio me causa delírios,
o medo atormenta a minha alma,
a noite está chegando,
mais uma noite em branco,
o medo de dormir e sonhar com a cena,
transforma minha alma em prisioneira.

Quero arrancar esta dor,
quero tirar da minha memória a imagem,
criar flores no lugar,
mas o pesadelo me atormenta,
mais uma noite em branco,
vou virar um zumbi,
quero arrancar esta tristeza de dentro de mim,
esta dor está me consumindo.

Meu querubim,
se ver esta cena outra vez,
pobre de mim,
porque eu morro,
porque morrendo estou,
quero tirar esta cena de mim,
novamente a minha alma sorrir,
meu mundo escureceu,
pobre de mim ...............


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

VOA.

Voa minha alma
ao encontro da tua felicidade,
arranha este céu com tua luz,
traz de volta o brilho e me conduz
aos braços do meu querubim.

Voa minha alma
para as profundezas do meu ser,
limpa a dor que eu trouxe
com os olhos do ciúmes,
purifica o meu ser.

Voa minha alma
para junto do meu amado,
quero dormir todas as noites do seu lado,
viver a mais louca euforia,
ser pura fantasia.

Voa minha alma
acalma o meu coração,
acaricia a minha vida.
traz de volta o perdão,
deixa eu amar com a emoção.

Voa minha alma
protege o meu ser,
limpa as magoas que eu causei
pela fúria do ciúmes de outrem,
porque eu sou importante para minha alma

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

DELÍRIOS.

A minha alma borbulha
entre o amor e a loucura,
no meio do caos da paixão,
sou toda emoção.

Os delírios de amor,
são reflexos da dor,
ainda sentido no corpo,
causando arrepios na mente da flor.

Entre a loucura e o medo,
dentro de mim a alma clama,
pela chama da paixão,
pelos delírios do coração.

Entre os rios dos amores,
entre as tempestades das dores,
entre os maremotos dos desamores,
salvei todas as flores.

Estou com medo de mim,
da dor que meus olhos sentiram
o medo de sofrer um golpe mortal,
poderá ser fatal.

Teu olhar salvou o meu dia,
com ele entrei na fantasia,
teu sorriso acalma a minha alma,
tu és o meu anjo sem asas.

Sinto um vazio no meu peito,
preciso adormecer sem insônia,
nas minhas noites em claro,
sinto a tua face ouvindo a tua canção.

O amor que sinto por ti salvou me do meu medo,
tuas mãos acariciam a minha alma,
que consegue ao sono se entregar,
finalmente dormir e sentir o teu olhar.

Teu olhar que vela por mim,
sinto todas as noites teu perfume de jasmim,
sinto as tuas mãos acariciando o meu corpo,
meu amado querubim.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).


terça-feira, 2 de outubro de 2012

SILÊNCIO.

Meu coração precisa de silêncio
para encontrar a razão,
preciso de paz para encontrar
o caminho que me leve a mansidão.

Não sei encontrar respostas no alvoroço,
preciso da solidão do silêncio
para calar a dor do meu coração,
voltar a paz na minha alma pela razão.

O silêncio é meu amigo,
mas tenho medo do excesso,
mas só encontro respostas,
na calada do silêncio.

Ando pela praia só,
sento na mesa só,
é uma oração ao meu Deus,
uma oração a só.

A solidão pode machucar,
mas ela ensina a paz encontrar,
voltar a essência,
a Deus a mente elevar.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

TRISTE.

O meu rosto é limpo,
não uso maquiagem,
meu olhar é triste,
não mostro muito sorriso,
a dor apagou os lábios,
calou o meu brilho,
a saudade roubou a minha luz.

Hoje não vi o sorriso do menino,
minha alma não suportaria vê-lo sorrir,
porque minha alma está morta,
a frieza do meu olhar transpassa,
paira no ar uma paisagem sombria,
o meu olhar reflete a dor da minha alma,
porque a minha alma foi ferida pelos meus olhos.

Meu caminho é feito de solidão,
as minhas esquinas de tristeza,
o meu mar está manchado de sangue,
o crepúsculo é cinza,
a cor da minha alma,
no meu peito a dor do amor,
hoje preta é a cor da flor,
que desabrocha na geleira do sofrimento.

No meu olhar a dor e insônia,
a orquestra composta de lágrimas,
que jorra em minha face,
a amargura do meu ser,
hoje o meu querubim não sorriu,
triste de mim,
além da minha tristeza sem fim,
não senti o cheiro do jasmim.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

ESCURIDÃO.

A minha alma foi dominada pela escuridão,
os meus olhos não brilham,
o ermo do medo domina o meu ser,
o beco da minha alma se fecha em dor,
a flor vermelha envelheceu,
preta se tornou a flor.

A alma se revestiu de preto,
preto dominou o ser,
a essência não consegue gritar,
o silêncio dominou a alma,
a vida parece vazia,
em coma está a fantasia.

O mundo se fecha em tempestade,
o crepúsculo não irradia,
a luz se fez treva,
a treva feriu a alma,
o sangue jorra na face,
a dor causada pelos olhos.

Cegar não vai apagar,
a dor dos meus olhos,
o dia se fez noite,
a noite se fez dia,
a amargura está na boca,
a ânsia da morte da loba.

O silêncio me domina,
aprisionada está a minha alma,
os lábios não conseguem falar,
calar acalma a minha dor,
a dor que grita no peito,
o grito da dor do amor.


MÁRCIA MOLARINO_ (Direitos Reservados)


sábado, 29 de setembro de 2012

SANGUE.

No meu corpo corre sangue
pelas minhas veias,
levando a minha verdade,
pulsando o meu coração,
nele tatuei o teu nome,
Lord meu amor,
o homem que domina a minha alma,
alucina o meu corpo com sua voz
o meu peito grita  e meu corpo entra em loucura,
sonhando que sou possuída e me levando ao delírio,
me fará gemer de prazer,
nua no teu leito,
meu lindo menino.


Na minha face corre o sangue da minha alma,
em forma de gotas,
a pura água salgada,
do amor que grita dentro do meu ser,
é a falta da tua essência me dominando,
o meu corpo e mente,
porque o coração e a alma a ti pertence,
na busca do momento perfeito,
ser mulher no teu leito,
ser menina na tua rua,
ser amante na tua cama,
ser a tua outra metade,
nossas vidas entrelaçadas,
no mesmo sentido,
viver a intensidade deste amor.


MÉRCIA MOLARINO - (Direitos reservados).

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

DOR.

A minha alma sangra a dor
do medo de mim,
a dor que se transforma em flor,
a flor que desabrochou,
no meio de tanta dor pelo amor de uma canção.


A dor com gosto de morte,
a morte com cheiro de amor,
amor que se rompe na escuridão,
a alma que tenta salvar o coração,
no meio de tanta dor a voz me salvou.


A aurora se tornou ermo,
o ermo da loucura da dor,
a dor que corrompe o amor,
o amor que ilude a dor,
a dor que perde do amor.


Rompe a madrugada fria, no meio de tanto silêncio,
silêncio que salva o amor, no meio de tanta dor,
o meu amor vence a dor .em forma de uma bela canção
a tua voz libertou a minha alma algemada
hoje eu sou apenas uma paixão envolvida na tua canção.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados)

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

CONTRASTE.

Na vida suei e sofri,
cai e levantei,
fui ferida e feri,
mas nunca desisti de sorrir.

Pintei o meu caminho
com as cores do arco-íris,
uma hora na cor de vilã,
outra eu era mocinha.

Pelo contraste da vida,
pintei o meu rosto de várias cores,
mas sempre escolhi a rosa,
como sendo a minha flor.

A rosa pode ser preta,
vermelha ou verde,
pode ter uma fúria,
mas sempre será suave.

Dentro da minha alma habita todas as rosas,
no contraste dos meus sentimentos,
sou mulher que cai no chão,
mas me levanto com uma rosa na mão.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

TEU AMOR.

Quero ser o teu amor,
caminhar do teu lado,
conhecer o teu coração,
ser a tua amada.

Quero ser a mulher do teu coração,
a tua amiga e irmã,
saber o que te agrada,
o que faz feliz o teu lindo coração.

Quero o teu amor,
fazer parte do teu ninho,
construir junto de ti,
o nosso mundo de amor.

Quero ter o teu sorriso pela manhã,
o teu abraço no almoço,
o teu beijo a tardinha,
me enroscar no teu corpo todinha.

Quero o teu carinho na alegria,
o teu ombro na tristeza,
as tuas mãos nas minhas 
a minha vida entrelaçada na tua.,

Quero o teu amor devagarinho,
quero o beijo do menino,
a carícia do jovem,
o amor do homem.

Quero apenas o teu amor,
respeito o teu silêncio,
caminho na tua estrada,
só quero estar do teu lado.

Quero as tuas asas de anjo,
o teu amor querubim,
quero que sejas um amor por inteiro,
ouvindo juntos a tua canção, minha paixão.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

PRIMAVERA.

Vem chegando de mansinho,
com cheirinho de donzela,
rosas e margaridas,
vem chegando está menina,
com vestido verde de folhas,
sapatinho de pétalas,
no sorriso a brisa,
nos cabelos o cheiro da relva,
vem seduzindo com  a sua beleza,
com encanto das tardes amenas,
sussurrando pelos caminhos,
o amor em forma de flor,
o canto vindo da natureza,
a rainha de toda beleza.

Vem chegando com paixão,
abre os olhos dos enamorados,
planta a semente do amor no coração,
rega o mundo com beleza e simplicidade,
esta menina se veste de flores,
de risos e amores,
mas no fundo quer apenas ser notada,
para que o mundo entenda
que a natureza é linda,
florindo os jardins da tua alma
com a beleza vista pelos teus olhos,
no campo florido da esperança,
vem ela mais uma vez gritando,
como é lindo este verde,
o verde da minha vida,
bem-vinda primavera amiga.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

AMANHÃ.

Amanhã,
vou me despir de todo preconceito,
me vestir de loucura,
escancarar a minha cara na rua,
ir buscar a minha felicidade,
seja lá onde ela estiver,
quero apenas ser uma nova mulher,
que rasgou o véu da inocência,
mas guardou a sua prudência,
deixou a sua arrogância de lado,
foi à luta pelo seu amado.


Amanhã,
quero correr todos os riscos,
me jogar de cara limpa no mundo,
me arrepender apenas pelo que não fizer,
ir do abismo ao infinito,
ser essência de alma nua,
romper todos os pudores,
arrancar todos os temores,
extirpar todos os remorsos,
deixar de lado picuinhas,
transformar todas as tristezas em ruínas.


Amanhã,
vou correr descalça pela vida,
molhar meus pés na alegria,
jogar fora os vestidos pretos,
vou me vestir de verde,
quero a esperança enamorada,
os beijos do homem amado,
a carícia do menino inocente,
quero ser inconsequente,
totalmente irreverente,
quero apenas viver o presente.


Amanhã,
vou beber uma taça de vinho,
bailar a tarde todinha,
ser menina,
ser mulher,
ser a louca feliz,
deixar a alegria tomar conta de mim,
quero ser amada pelo meu querubim,
quero estar no teu jardim de jasmim,
quero você só pra mim,
meu amado.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

TEU CORPO.

Caminho da minha perdição,
montanha de prazer e emoção,
chama de amor em um vulcão,
delírios da minha paixão,
momentos eternizado no meu coração.

Teu corpo é a relva que deleito,
é a carícia que me envolve,
é a boca que me alimenta,
é o néctar que me acalma,
com a ânsia de ser amada.

Teu corpo é o caminho da minha felicidade,
o prazer tão almejado,
será o meu orgasmo saciado,
em uma noite de prazer,
meu amado menino.

Teu corpo é a carícia em forma de verso,
é a poesia perfeita,
deitarei nua no teu leito,
sendo composta em poesia,
depois adormecerei no teu peito.

Teu corpo é o paraíso que almejo,
é o prêmio pelo meu amor,
vindo em forma de toque com perfume de flor,
é a essência que apagará,
o fogo que arde em minha alma.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

O TEMPO.

Parei em frente ao relógio,
por um instante pensei
que era o meu coração,
tamanha foi a desilusão,
era apenas o tempo perdido
pedindo permissão
para avisar que cessou
o tempo da ilusão.

Menina moça queria viver,
correr os riscos que a vida tem,
tentei o aviso não ouvir,
teimosa fui,
nem liguei para a advertência,
queria viver o presente,
mesmo que as lágrimas e a dor
fosse o preço da penitência.

O tempo gritou e esbravejou,
me fiz de rogada,
deixei gritando e sai andando,
queria do tempo vencer,
mas tola fui,
no meu rosto as marcas mostravam
o tempo estava passando,
não liguei e para frente caminhei.

O tempo tirou o brilho,
a juventude levou,
a força para brigar
em harmonia se transformou,
na briga com o tempo
a experiência ganhou,
o brilho do corpo passou para a alma,
o coração tomou lugar da razão.

Tempo,
tempo que não volta mais,
de recordação vive a memória,
deixou escrito na história,
as páginas de uma vida,
alguns trechos de tragédias,
outros de pura fantasia,
tudo guardado com carinho,
no coração da menina.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

LUZ.

Luz que reluz,
que o meu corpo conduz,
a uma louca  noite de amor,
nos teus braços ser seduzida,
guiada pela luz dos teus olhos,
sinto  ardentes ondas de calor,
me sinto nua e pura como a flor.

Luz que radia,
toda a minha alegria,
me leva para a mais doce fantasia,
nos braços do menino que amo,
para sentir  as delícias do prazer,
em uma noite de amor
no corpo do meu querubim.

Luz que beija o meu corpo,
que clareia a porta do paraíso,
para junto de ti conhecer o delírio,
entre o pecado e o santo,
entre a reza e o prazer,
entre a paixão e o amor,
a delícia de ser a tua mulher.

Luz que me leva a ti,
para o teu ninho querubim,
para o teu leito de prazer,
onde deito o meu corpo,
para ser o teu prazer,
o teu pecado e perdão,
te levar aos limites desta paixão.

Luz que das trevas me resgatou,
que a minha alma aprisionou,
no clarão do teu ser,
juntou minha alma com a tua,
hoje sou alma nua,
no teu leito eu descanso,
esperando apenas para ser tua.

MÁRCIA MOLARINO - (Direitos Reservados).

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

INVERSO.

No meu tempo de menina,
o medo me perseguia,
segurava com força a mão da minha mãe,
sentia amparo e carinho.

No meu tempo de mocinha,
saímos lado a lado,
contávamos os nossos receios,
ambas se protegiam.

No seu tempo da melhor idade,
caminhamos de braços dados,
vou sendo a tua segurança,
hoje sou eu a sua mãe.

Pelos caminhos que a vida traça,
um com certeza poucos viverão a oportunidade
de ser o braço de amparo de seus pais,
viver o inverso da criança,
ser o amparo dos seus na velhice.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

terça-feira, 28 de agosto de 2012

TEU OLHAR.

Teu olhar me congelou,
meu ser por um instante
deixou de respirar,
era um presagio,
ouvi a voz de Deus afirmando,
este é o teu amor,
que irá trazer vida para o teu jardim,
alegria para os teus dias,
felicidade para a tua alma,
minha querida menina.

Neste momento o mundo parou,
a porta da minha alma se abriu,
o meu corpo estremeceu,
a minha boca secou,
um novo sorriso nos meus lábios surgiu,
senti minha alma flutuando,
meu coração bateu mais forte,
o amor em meu coração brotou,
minha alma estava liberta,
o teu amor me salvou.

Teus olhos tatuaram teu nome em minha alma,
deixei de ser eu,
passei a ser nós,
hoje não sei onde tu começas,
onde eu termino,
tua alma se prendeu a minha,
hoje sou realidade e fantasia,
o teu amor me devolveu a alegria,
hoje sou orquestra em forma de flor,
sou a tua sinfonia do amor.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

HOJE.

Hoje rasguei o véu do medo,
vesti meu tubinho fumé,
pintei meus lábios de rosé,
o meu salto preto quinze,
me lembrei dos sonhos de menina,
me vesti de mulher irresistível,
usei aquele rímel,
pronta estava para roubar o mundo da ilusão,
junto furtar o teu lindo coração.

Hoje peguei carona com a coragem,
me lambuzei nesta miragem,
me deixei ser levada pelos sonhos,
embrulhei todos  medos,
joguei fora os receios,
tranquei a minha porta,
não dei a chave para  solidão,
arranquei esta do meu coração,
quero me embriagar de ilusão,
no leito da minha paixão.

Hoje afoguei todas  magoas,
enxuguei todas  lágrimas,
arranquei todos  tremores,
a insônia foi embora com a saudade,
hoje não quero nada que estrague,
este momento de amor,
esperei por ti toda a minha vida,
quero ser apenas a tua fantasia,
a mistura perfeita,
entre a mulher e a menina,
ser simplesmente a tua ninfa.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

segunda-feira, 30 de julho de 2012

INCONDICIONAL.

Pela ruas vou caminhando,
meus pés são guiados pelo vento,
vou seguindo a minha estrada,
na frente apenas o horizonte,
na alma o meu segredo,
meu amor incondicional,
pelo sorriso do menino,
na alma do olhar de esmeralda

Navego entre os sonhos e delírios,
entre os contos e as poesias,
me deleito no prazer dos meus livros,
na ânsia de encontrar respostas para este amor,
que domina minha mente e coração,
às vezes sou ilusão e outras razão,
coisas da paixão,
que ora rasga o peito e outras o coração.

Vou andando descalça pela vida,
não quero levar tranqueiras,
quero parar em cada cidade,
para poetizar o meu amor,
entre um verso e outro,
tento eliminar a dor,
a saudade que trago no peito,
do moreno que do silêncio me resgatou,
mas a minha alma aprisionou.

Hoje vou por estas estradas sem fim,
com este amor incondicional
dentro de mim,
mas a tormenta é grande,
a saudade é maior ainda,
não me restou outra saída,
se não voltar para este amor,
contemplá-lo, ameniza a minha dor.


MÁRCIA MOLARINO - (Direitos Reservados).


quinta-feira, 26 de julho de 2012

RETRATO.

O teu retrato ficou amarelado,
o tempo passou e eu não percebi,
às vezes até via ele passar,
mas não queria acreditar,
esperava que tu voltastes,
mas não aconteceu,
o tempo te levou para longe dos meus olhos,
mas deixou-o dentro do meu peito,
longe dos olhos e perto do coração,
não adiantou partir,
se ficou existindo dentro de mim.

Aquele bilhete amarelou,
o botão de rosa murchou,
as pétalas secaram dentro do livro,
ficou apenas a lembrança do sorriso,
daquela linda tarde de domingo,
onde você segurou a minha mão,
me deu um beijo e este lindo botão,
hoje eu só tenho a lembrança deste dia,
fui feliz e não sabia que iria terminar,
você partiu sem pedir licença,
hoje só vivo de saudade,
da dor imensa no coração,
na porta da solidão.

Hoje a saudade de outrora dói no peito,
não existe mais aquele vestido branco,
nem a sandália de couro com a fivela rosa,
você achava lindo,
é o tempo passou,
o vestido rasgou,
a sandália quebrou,
o teu encanto terminou,
partiu para novos horizontes,
conquistar o teu mundo,
deixando o meu vazio,
pois era o meu mundo de cor,
em um lindo jardim de flores,
eras o meu amor.

O vazio tomou conta do meu ser,
perdi um pouco o meu bem querer,
agora vivo entre as minhas memórias,
a solidão de mãos dadas com a saudade,
juntas caminham dentro de mim,
tento preencher este vazio,
só o tempo conseguirá,
um novo amor me contemplar,
mas este amor de menina,
ficará sempre guardado em mim,
era tão pequena e sem graça,
naquelas aulas de pintura,
hoje como é bom lembrar,
a menina adolescente,
tão pequena e já cheia de anjinhos,
todos se candidatando a virarem príncipes,
mas só você conseguiu,
meu lindo menino,
meu amado anjinho.



MÁRCIA MOLARINO - (Direitos Reservados).



quinta-feira, 21 de junho de 2012

VÍRGULA

Hoje refletindo o meu sentimento por ti,
descobri que muitas vezes desejei um ponto final,
mas sempre aparecia uma vírgula,
dois pontos ou ponto e vírgula,
não consegui terminar dentro de mim,
aquilo que nunca aconteceu do lado de fora,
tentei fugir,
ir embora,
a saudade bateu,
começou a doer,
não tive escolha,
porque mesmo longe dos meus olhos,
grudado estavas em minha alma.


Durante todos este anos,
esta vírgula teima em não partir,
a vírgula da esperança,
da chama acessa pelo teu amor,
da saudade que acompanha a solidão,
dos delírios em noites frias,
da tormenta do calor nos dias de verão,
na tempestade furiosa nas tardes da doce primavera,
do desespero das folhas caindo no outono,
dos pontos que se negam a terminar,
a loucura que é te amar.


A vírgula que agoniza  por não conseguir escrever fim,
que durante as noites sonha com teu cheiro de jasmim,
a vírgula da minha loucura,
meu amado querubim,
que no amanhecer espera a oportunidade de terminar,
ao adormecer acredita que no outro dia
terás um lindo fim,
finalmente o término da amargura encontrará o mel,
na tua boca meu moreno,
nos lábios dos meus desejos,
nele encontrarei finalmente,
o meu ponto final da tortura,
o início do nosso amor,
da nossa loucura,
meu lindo menino.


MÁRCIA MOLARINO - (Direitos Reservados).


quinta-feira, 17 de maio de 2012

INVERNO.

O silêncio da noite pedindo licença,
as noites se tornando frias e cinzentas,
prolongam-se o máximo que podem,
sem a menor cerimônia,
te convidam para hibernar neste sonho de amor:
queria convidar o meu amor,
no peito dele hibernar..


As noites frias pede um abraço quente,
um vinho e uma lareira,
uma comidinha mais quente,
um fondue e um vinho,
no chão pétalas te convidando,
para o ritual do amor,
corpos se aquecendo com as chamas do desejo,
se deliciando com o perfume da flor.


O inverno te convida para acasalar,
na boca do teu amado saciar,
os desejos da tua alma e,
o frio do teu corpo,
uma mistura perfeita,
o frio da estação e o calor da paixão,
as geleiras sendo derretida com as lavas do vulcão,
por favor meu lindo inverno,
traga o belo menino,
para derreter o frio do meu corpo,
com as chamas do seu desejo.



MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

quarta-feira, 9 de maio de 2012

SOZINHA.

Sozinha se compõem,
para uma nova etapa na vida,
não mais com sonhos ou delírios,
mas a procura de um caminho.


Caminho que leve embora o seu sangue
jorrado na sua face em forma de lágrimas,
da dor que dilacera a sua alma,
corrompida pela traição.


Dor que se retém,
mas que não ocupa ninguém,
a todos trata bem,
mas é na sua solidão que és refém,
guarda em seu peito a sua dor,
sem rancor.


Elimina pelo poros o seu sentimento,
alimenta a sua dor com paciência,
sabes que para dividir,
precisas curar.


Porque ninguém merece retalhos
ou vasos quebrados,
primeiro o oleiro quebra tudo e,
refaz o vaso,
depois procura um novo amor e
oferece o teu coração,
refeito da desilusão.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

sexta-feira, 4 de maio de 2012

MUSA.

Em uma linda manhã de domingo,
numa primavera não muito remota,
acordei disposto a uma bela caminhada,
melhor eu ter ficado dormindo,
não teria passado pela dor de cabeça
que foi encontrar a minha ex-mulher.

Estava eu recém casado,
com uma loira escultural,
aquela que você faz questão
de passear de mão dada,
para todo mundo ver que está feliz
de bem com a vida.

Quando me deparei com a falecida,
meu Deus a mulher passou pelo bisturi,
ou reencarnou em outra criatura,
a morena estava uma loucura,
passou e deu uma piscadinha,
fiquei parado em estado de choque,
a mudança tinha mexido com os meus neurônios.

Meu Jesus,
não conseguia sair do lugar,
a minha perna paralisou,
meus olhos ficaram arregalados,
aonde foram parar os duzentos quilos,
por favor me explique,
aonde estava aquela mulher
durante os cinco anos de casamento,
como foi que eu fui perder esta morena,
estava tão perplexo que não reparei na esposa,
só quando senti a bolsa,
fui arremessado ao chão.

No chão estou até hoje,
as duas deram as mãos,
saíram rindo do bobão,
tive dois tesouros,
a morena e a loira,
hoje não tenho ninguém,
aprendi a lição,
não existe mulher feia ou gorda,
existe homem que não valoriza a mulher,
porque quando uma mulher deseja ser uma musa,
ela é rainha, princesa, musa e deusa.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).




segunda-feira, 30 de abril de 2012

OUTONO.

Senti o frio  chegando,
as primeiras folhas caindo,
o jardim coberto de folhas coloridas,
parecia um arco-íris no chão.


A água da nascente estava mais fria,
o corpo não suava mais,
as minhas mãos aqueciam
agora dentro das luvas.


Era o prelúdio do outono,
em breve o inverno chegaria,
em poucos meses estarias de volta,
meu corpo não mais precisaria do cobertor,
minha pele seria aquecida pelo teu amor.


Os dias eram mais curtos,
o sol se despedia mais cedo,
o avermelhado já não era tão vivo,
às vezes misturado com o cinza,
mas era tão lindo o crepúsculo no outono,
como em qualquer outra estação do ano.


As noites eram mais longas,
o meu corpo sentia um vazio imenso,
o insônia era a companhia da solidão,
ficávamos juntas jogando gamão.


A minha espera era intensa,
só nos invernos tu regressavas,
era o momento que voltavas para o teu aconchego,
deitávamos perto da lareira,
bebíamos  o vinho em uma linda taça,
ao som dos ventos balançando as árvores,
após o amor.


O outono é o prelúdio do nosso amor,
o inverno o vulcão em erupção,
com suas chamas e labaredas da paixão,
que consome o nosso corpo de prazer,
a primavera é o brotar da semente do amor,
o verão é a sedução em forma de paixão.


De todas as estações,
eu prefiro o outono,
onde o calor do corpo é derretido pelas geleiras e,
aquecido pela boca e o corpo do amado,
em verdadeiras noites de loucura,
onde a alma se reveste de toda ternura,
elevando a alma do amado ao paraíso,
fazendo o perder todo o juízo.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).





ENCANTO.

Despertei de um lindo sonho,
ainda sentia na boca o teu beijo,
assim fui despertada deste lindo sonho,
puro encanto,
entre a magia e o desejo,
entre as carícias e o suor no lençol,
me sentia radiante como um girassol.


Em um lindo jardim estava deitada,
vestida de verde como o belo roseiral,
estava embriagada com tanta beleza,
meu corpo estava tão leve,
me senti flutuando,
entre o amor e a paixão,
meu corpo era pura emoção.


Neste belo cenário,
sentado em um lindo balanço,
avistei o meu amado,
com um belo sorriso,
foi se aproximando,
deitou-se  do meu lado,
com sua voz macia,
me despertou para o prazer,
meu lindo bem querer.


De repente senti o calor
das tuas mãos no meu corpo,
tua respiração na minha nuca,
tua boca na minha,
me beijou,
meu corpo estremeceu,
gritou e gemeu,
sentia um vulcão de sensações
sendo escorridas em um belo sorriso.


Por um instante, 
tive a leve sensação de estar sendo despida,
minha alma tu  eliminastes o castro,
o meu véu retirastes com  teu beijo,
neste exato momento,
despertei,
mas ainda sinto o teu beijo,
gosto de vinho tinto e cheiro da flor,
puro encantador,
és o meu amor.


Se foi sonho ou realidade eu não sei,
só sei que o meu corpo tinha o teu cheiro,
a minha alma a tua essência,
o meu sorriso o teu,
o meu coração estava acelerado,
sentia a tua presença,
plantei neste momento,
a flor da esperança,
de transformar este sonho
em realidade,
ser tua meu amado de verdade.



MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

PENSAMENTO.

Nunca espere que alguém seja a tua felicidade,
porque nunca será,
no máximo na tua vida
encontrarás alguém para compartilhar e,
aprenderem juntos a serem felizes.


A felicidade não é um fim,
mas um caminhar,
a estrada que construímos,
a flor que regamos,
a dedicação que temos com o amado,
o carinho e o perdão.


A felicidade não é um belo lugar que compramos,
mas é o lugar simples que transformamos em belo,
pela força do nosso amor.


MÁRCIA MOLARINO - (Direitos Reservados).

A CASA.

No final do caminho havia uma casa,
construída de pedras e cimento,
um lindo jardim do lado esquerdo,
as janelas e portas eram azuis da cor do céu,
o telhado era de mármore acinzentado
o resto da casa em mármore branco,
uma casinha de contos de fada,
mas que escondia uma triste sina,
era a residência da saudade.


Saudade que nasceu de um tempo
não muito remoto,
antes neste lugar residia
a alegria junto com o amor,
a pureza com a confiança,
naquele lar não existia ódio ou rancor,
o amor habitava dentro de cada
pedacinho daquela linda casa.


Hoje só resta o lindo jardim,
a casa permanece fechada,
algumas pessoas passeiam pelo local,
para contemplar e sentir o aroma
do lindo jardim de jasmim,
parecem flutuarem,
tão grande é a paz do lugar,
um paraíso ao céu aberto,
onde o cheiro do amor paira no ar.


Não existe mais habitante na linda casa,
a tristeza tomou conta de todos,
ninguém estava preparado para a partida,
mas ela cedo ou tarde aparece,
levando embora os sonhos,
no lugar deixou a saudade e um gosto amargo,
que o tempo transformou em lembranças,
de um amor vivido.


O tempo poderá até apagar uma dor,
mas com certeza sempre deixará uma cicatriz,
tudo dependerá da intensidade do sentimento.
se foi vivido de corpo e alma,
tem um grande preço a pagar,
a dor da partida tende ser arrasadora,
dilacera uma alma,
mesmo quando perdemos
quem amamos para a própria vida.


Porém,
pra que serve viver um amor de aparência,
uma fachada de sentimentos?
Prefiro ser cruel,
se não for para viver intensamente o meu amor,
prefiro a mais dura solidão,
ou entrego o meu coração por inteiro,
ou vivo só.


Porque não saberia viver um amor pela metade,
nada morno não é tão gostoso como o quente,
você  até vive,
mas não é igual,
é apenas parcial.


MÁRCIA MOLARINO - (Direitos reservados).

UNIVERSOS.


Somos formados por universos paralelos,
buscamos sempre unificá-los,
nem sempre conseguimos uni-los,
caminhamos na tentativa de descobrir,
qual dos dois devemos seguir.


Então!
Qual dos dois é mais importante,
razão ou emoção?
Não sei,
mas com certeza sou paixão.


Sou um pouco dos dois,
não sei se um prevalece
mais que o outro,
mas sou um caminho sensível,
vivo me comovendo com tudo,
não consigo ser diferente,
é uma simples consequência do meu ser,
fazer o quê!


Eu sou assim,
uma mulher com dois universos,
mas com um só coração,
regido por uma alma sensível,
não posso ser outra coisa,
sou romântica por natureza,
me derreto como manteiga,
meu caminho eu escolhi,
quero ser uma doce paixão,
regida pelo meu coração,
esperando da vida muita emoção.


MÁRCIA MOLARINO. _ (Direitos Reservados).

CAMA.


Hoje mudei o meu quarto,
joguei fora a cama de casal,
coloquei uma com a minha face,
não mais como uma menina,
mas com um pouco de rosa
para tirar o cinza do meu coração.


Abri a janela,
convidei o sol para entrar,
não quero mais chorar a tua partida,
porém não desejo a tua volta,
vivemos a nossa história,
depois você foi embora.


Deixei ir,
não quero migalhas,
quero um homem por inteiro,
a metade deixo para trás,
aprendi a viver sozinha,
sem fantasias.


Minha cama é do meu tamanho,
só aumento agora de acordo 
com o amor que ganho,
do contrário não adianta,
só sobrará dor e lamento,
quero outro sentimento.


Quando a porta se abriu,
por ela você saiu,
pensei que iria morrer,
hoje aprendi,
sou mais dona de mim.


MÁRCIA MOLARINO. _ (Direitos Reservados).

ROSA.

Fui criada para te seduzir,
o meu cheiro te embriagar,
sou a rainha das flores,
sou a senhora da noite,
minha pétalas jogadas na cama
é pura sedução,
levo os amantes a grande emoções.

Para cada flor um significado,
para cada hora um perfume,
para os enamorados _ a vermelha,
para os amigos _ a amarela,
para as crianças _ a rosinha,
para a paz de espírito _ a branca,
para os homens _ a azul,
para o meu.

Se algum dia a saudade invadir a tua alma,
busque a paz em um lindo roseiral,
porque o Meu Criados,
foi o Pai Celestial.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

quarta-feira, 25 de abril de 2012

ROÇA.


Nasci no campo,
no meio da plantação,
este cheiro de terra molhada me excita,
sinto o meu corpo embriagado
pelo frescor do mato,
pés descalço,
corro nesta planície de cereal,
nada como um bom café matinal,
ao som do galo cantando.


É meu amigo,
aquela casinha de madeira continua a mesma,
o gado correndo no pasto,
este cheirinho de café torrado,
o lago não secou,
o cheiro do campo me chamou,
a saudade apertou no meu peito,
senti falta do berrante,
do arroz de carreteiro,
do feijão tropeiro,
do canto da viola,
do beijo da moça da roça.


O cheiro do mato me chamou,
para as minhas origens regressei,
eu voltei de novo acordar de madrugada,
com o canto do galo,
tomar o meu café com leite,
comer a broa quentinha,
sentir o seu cheirinho,
broa caseira feita no fogão à lenha,
coloco sempre a minha bota,
pego o meu chapéu de palha,
eu vou pra roça,
cuido da plantação e da boiada,
na hora do almoço a moça da saia rodada,
sempre trás a minha boia,
com sobremesa e  salada.


Fui moço pra cidade,
não me dei bem lá,
eu sou de cá,
a roça é o meu lugar,
sei plantar,
da terra cuidar,
do meu gado ordenar,
mas a cidade confusão me dá,
muito carro pra cá e pra lá,
aqueles arranha-céus me deixa tonto,
eu nunca entendi como eles conseguem
colocar uma casa em cima da outra,
o pior moço que do céu não cai.


O meu lugar é aqui moço,
cheiro de barro e terra molhada,
bota suja da estrada sem asfalto,
cavalo bravo pra domar,
nada daqueles carros de moça,
o meu negócio é carroça,
o meu carro é trator,
uma camionete para a família,
é coisa de fazendeiro,
a minha vai na carroça,
a gente é da roça.


Oh moço!
Eu sou da roça
gosto de uma boa cavalgada,
procissão à cavalo é comigo,
acordo bem cedinho,
peço a benção de Nossa Senhora,
tomo o meu café coado na hora,
eu amo bolo de milho com café forte,
eh moço!
Não nego não,
eu gosto mesmo é da roça.


Já vou embora,
a prosa está muito boa,
mas é hora da missa,
hoje é domingo,
dia de descanso e
obrigação com o Senhor,
vou agradecer a chuva
que molhou a plantação,
a saúde dos meninos e,
a farta colheita,
até mais moço,
volte sempre que quiser,
a roça é um bom lugar para se viver,
não tem muito luxo,
mas tem amor e bem querer.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).


A TEMPESTADE.

No horizonte nascia um lindo crepúsculo,
mais um fim de tarde avermelhado,
todos esperando o beijo da lua com o sol,
de repente o assobio da morte se ouviu,
o lindo por do sol se tornou negro,
porém como de costume naquele lugar,
todos eram muito céticos,
ninguém acreditou no prelúdio da tempestade,
o mar estava tranquilo como sempre,
os barcos ancorados no pier,
a tranquilidade foi tomando conta de todos,
o ar fresco do mar convidava  todos
ao passeio corriqueiro do final do dia.


No final da tarde o vento começou a cantar,
um canto vindo do mar,
o pavor foi chegando devagarinho,
um frio de medo foi sentido na nuca,
como num piscar de olhos,
as nuvens negras invadiram
o lindo cenário sem pedir licença,
era ela chegando de mansinho,
tirando tudo do lugar.


Hoje aquela paz da paisagem não mais existe,
a tempestade levou a alegria do lugar,
a catástrofe foi anunciada,
ninguém quis acreditar,
daquela linda paisagem
não existe mais a calmaria,
sobrou só os destroços,
reconstruído foi o pier,
o lugar lindo está,
só não há alegria de outrora,
que roubada foi pela tempestade,
apenas ficou a saudade
das belas tardes.


Hoje contemplando o novo pier,
nem sei como sobrevivi,
muitas lágrimas derramei junto com a tempestade,
mas tudo voltou como outrora,
só restou a lembrança da tempestade,
gritos de dor na minha alma ainda existe,
foi muita destruição,
vidas que foram levadas pela enxurrada,
lama de desgostos e lágrimas de barro,
o lindo pier se tornou um monte de lixo a céu aberto,
uma ferida aberta naquela lugarejo,
uma cicatriz profunda na alma dos ribeirinhos.


Naquele dia o céu estava como hoje,
anunciando uma desgraça,
mas a previsão de hoje é de chuva passageira,
espero que não haja tristeza,
amo este pier,
meu coração não aguentaria outra dor,
mas todos estão sobressaltados,
não existe mais a calmaria no espírito,
esta foi levada pela enxurrada,
naquela tempestade.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

A PONTE.

Entre nós existe a ponte,
quem de nós dará o primeiro passo,
quem terá a coragem da ponte atravessar,
te confesso,
medo eu tenho,
mas amaria a ponte atravessar,
se do outro lado
você estivesse a me esperar.

A ponte separa-nos do abismo,
que nós construímos,
quero esta ponte atravessar,
quem de nós dará o primeiro passo,
poderemos juntos atravessar,
no meio da ponte a gente se encontra,
pelo menos a metade vencemos,
o resto será com os nossos corações,
viver ou não esta louca paixão.


Não consigo atravessar a ponte,
preciso que me ajude,
estende a tua mão,
prometo não te decepcionar,
não vou negar,
estou louca para me entregar,
então meu amado Lord
me ajuda a ponte atravessar,
depois na tua cama irei te amar.


MÁRCIA MOLARINO - ( Direitos Reservados).

quarta-feira, 11 de abril de 2012

PERFUME NO AR.

Minha essência joguei no ar,
um pouquinho de mim
deixei por onde passei,
fiz esta loucura para te seduzir,
para o meu perfume te chamar,
vem para o meu ninho me amar.

Perfume de mulher no ar,
flores e pecados unidos,
tentação à flor da pele,
feitiço na taça de vinho,
me enrosco em uma banheira de sais,
pétalas e uma taça de champanhe,
crio a nostalgia de uma noite perfeita,
corpos protegidos pelas pétalas,
depois do amor,
corpos nus aquecidos pela  lareira.

Uma noite planejada em detalhes,
do vinho ao perfume,
nada poderá faltar,
neste clima de cumplicidade,
peço emprestado para Deus,
o luar e o canto do vento,
o frio do inverno,
a cheiro das rosas da primavera,
o brilho das estrelas no verão,
me embalo nesta noite de pura emoção,
onde serei só coração,
amor e tentação.

Perfume de mulher adulta,
se apresenta de corpo e alma nua,
na loucura produzida por este aroma,
de embriaguez e feitiço,
te envolvo no meu perfume,
meu lindo.menino

MÁRCIA MOLARINO - (Direitos Reservados).

terça-feira, 10 de abril de 2012

DESPIR.

Retiro a minha roupa,
para compor o meu ninho de amor,
deixo a minha fantasia à flor da pele,
não tenho nenhum pudor
em te mostrar a minha nudez,
apenas quero te pertencer,
meu Lindo.


Vou despir a fantasia de senhora,
virar a tua dama da noite,
sussurrar no teu ouvido,
todos os meus desejos,
te falar da minha fantasia de menina,
no meu corpo de mulher.


Ah! Eu vou me despir do preconceito,
de todos os meus medos,
te revelar os meus segredos,
deixar de ser conservadora,
para ser inovadora,
te mostrar que sou leoa,
me enroscar no teu corpo como serpente,
ser totalmente louca e inconsequente.


Quero me despir desta insegurança,
segurar na tua mão,
deixar me levar pelo teu carinho,
me livrar deste sofrimento,
de temer esta emoção,
vestir o roupão da paixão,
por o laço do.prazer,
usar os acessórios do amor,
viver a loucura deste sentimento,
nem que seja por um momento.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).


segunda-feira, 9 de abril de 2012

EQUAÇÃO.

Meu Deus,
hoje estou aprendendo a sondar a minha vida,
reciclar o que ainda serve,
jogar fora todos os sentimentos pequenos,
deixar a mesquinharia da vida para trás,
olhar para frente,
começarei por uma equação,
somarei os melhores momentos,
dividirei com todas as decepções,
multiplicarei com meus sonhos,
subtrairei os meus erros,
o resultado será o lucro.


Poderá ser negativo o resultado,
então buscarei novos sonhos,
somarei mais perdões e sorrisos,
multiplicarei com mais amor ao próximo,
dividirei com caridade e amizade,
subtrairei os remorsos e ódios,
o resultado será um coração mais leve,
com novos horizontes a conquistar,
terei mais felicidade e amor,
para com o mundo dividir,
um ser humano melhor serei,
em um mundo melhor viverei.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

sábado, 7 de abril de 2012

BORBOLETA.

Sou uma mulher com alma de borboleta,
vivi muitos anos no casulo,
me libertei através de uma canção
a metamorfose aconteceu,
uma borboleta me transformei,
para junto do meu amor voo toda noite.


Minhas asas são leves e coloridas,
voo junto das flores,
beijo toda manhã a minha rosa,
para o meu cravo me declaro,
sou pura fantasia,
neste mundo de ilusão,
sou toda emoção.


Sou uma borboleta,
porque sou a pura felicidade,
não porque estou com o meu amado,
mas porque eu o amo,
sou livre para amá-lo.


No meu belo jardim nasci,
em uma borboleta me transformei,
o meu amor em outro jardim encontrei,
para o meu jardim o levarei,
com o meu perfume o embriagarei,
na mais bela flor o amarei.


Sou uma borboleta,
espalho a felicidade por onde voo,
levo comigo o segredo do meu amor,
que é uma mistura do brilho com o silêncio,
da carícia com o olhar,
do beijo roubado junto com abraço encantado,
do sorriso enamorado do meu amado Lord,
que levo junto comigo nas minhas asas de borboleta,



MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).


sábado, 31 de março de 2012

MARCAS NA ROSA.

Deixei as marcas do meu batom na tua rosa,
ficou uma linda rosa  
com o vermelho do meu desejo,
deitei em uma cama macia,
nela o cheiro do perfume da tua rosa,
no teu corpo o meu cheiro,
usei o perfume revelar,
queria por inteira me mostrar,
neste delírio apenas te amar,
neste ninho de formosura,
ser tua mulher,
ser loucura no momento do amor,
junto com a tua rosa verde,
unir o meu batom vermelho,
ser dominada pelo  teu desejo,
meu amado.


MÁRCIA MOLARINO. _ (Direitos Reservados).

DESAMOR.

Rosas vermelhas jogadas na areia,
no mar da saudade ficou,
ainda existia o seu frescor,
mas do que adianta tanta beleza,
se a alma que as recebeu
foi dilacerada pelo desamor,
nem conseguiu contemplar a bela flor,
tamanha era a sua dor.


Em pedaços ficou o seu coração,
as lágrimas escorrendo em sua face,
eram as marcas de uma desilusão,
as feridas abertas de uma grande paixão,
rasgou o véu do encantamento,
no seu lugar a tortura da partida,
no jardim das promessas e emoções,
restou um rastro de sangue,
cor das rosas jogadas no chão,
o sangue da dor de uma grande ilusão.


Amanhã estas rosas estarão murchas,
seca como sua garganta,
alimentada pelo suor frio da sua alma,
sem coragem para a frente olhar,
são as dores recentes do rompimento,
dor da partida do amor,
que as águas do mar levou,
no seu lugar deixou,
as marcas profundas do desamor.


Mas este desamor teve o seu tempo
a flor desabrochou e como fênix ressurgiu
deixou de lado a sua dor e sarou
a canção libertou a alma em sangue
as lágrimas secaram de sua face
o deserto não é mais seco
o olhar do menino curou a alma
hoje o desamor se extinguiu, a flor renasceu para mim.


MÁRCIA MOLARINO. _ (Direitos Reservados).

sexta-feira, 16 de março de 2012

ONDA.

Amaria ser uma onda neste imenso mar,
não tenhas dúvidas meu amado,
para junto de ti levaria as minhas águas,
no voo de várias borboletas,
ao som da melodia entoada pelo mar,
o balé das borboletas iria te enfeitiçar,
para junto das águas te levaria,
nos teus braços sentiria,
neste paraíso de lugar,
a loucura do meu amor,
seria amada por ti,
meu amado Lord,
serias o meu cravo,
eu o teu jasmim.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

NASCENTE.


O amor é como as nascentes,
começa com um pequeno fio de água,
parece que de uma hora para outra vai acabar,
mas é o contrário,
com o tempo vão se fortalecendo,
criando uma força sobrenatural,
de repente se transformam em gigantescas cachoeiras,
onde a eternidade é o seu limite.

O amor pode até ser finito
quando do corpo brotar,
mas será eterno
quando da alma germinar.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

A FOTO.

Parei diante de uma foto,
diante de uma foto parei,
dois olhos me fixaram,
me corromperam,
me excitaram.


Do mistério,
deste olhar,
preciso fugir,
me desvencilhar.


Dois olhos me fixaram,
não posso  fixar,
porque posso me apaixonar.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

SAUDADE.

Estou com saudade do meu passado.
Estou com saudade do que não aconteceu.
Estou com saudade do teu rosto.
Estou com saudade do que não toquei.
Estou com saudade do que não senti.
Estou com saudade de ti.


O amanhecer me corrompe de saudade.
O entardecer me atormenta de saudade.
O anoitecer me enlouquece de saudade.
Na madrugada o meu pranto me consolou,
da saudade que doía em meu peito de ti,
que durante o dia foi tão forte,
que por muito pouco não desfaleci.


No horizonte apenas a saudade.
Na brisa só o momento da saudade.
No orvalho só o cheiro da saudade.
Na terra só as marcas da saudade,
onde você pisou e marcou,
deixando o rastro do nosso amor.


Saudade do amor.
Saudade do querer.
Saudade do teu olhar,
Saudade do meu desejo de querer,
ainda viver,
o meu amor com você.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos reservados).