terça-feira, 4 de dezembro de 2012

POR TI.

Naveguei por rios de silêncio,
molhei os meus pés na areia da solidão,
senti o frio do inverno da saudade,
as folhas frias no chão do outono,
o calor queimando a minha pele
nas tardes de verão,
por mais que o meu corpo padecesse,
não consegui da minha alma
tirar  esta louca paixão,
por mais que a minha alma gritasse
meus ouvidos não ouviam,
porque o meu coração não deixava,
suas batidas eram tão fortes e altas,
que todos ao redor ouviam,
as batidas da saudade de ti,
meu lindo querubim.

Deixei falar mais alto a voz do meu coração,
regressei então, mas com medo de beijá-lo
para perto do homem que amo,
novamente eu voltei,
a minha vida no trilho voltou,
o sorriso do meu amado a minha vida devolveu,
porque o dia que o conheci,
o seu lindo sorriso cativou a minha alma,
do silêncio me retirou,
sem que soubesse,
a primavera me apresentou,
comecei a vida sentir,
olhar para as flores do jardim,
vê-lo em cada uma delas,
voar nas asas do querubim,
ser feliz com um simples sorriso.

Por ti meu amado querubim,
abririas mão de tudo,
porque és o meu mundo,
adormeceria no teu peito
no mais lindo crepúsculo,
seria para ti a lua revestida de cetim,
te amaria na relva,
seria doce como mel,
selvagem como uma loba,
suave como pétala da rosa,
envolveria me no teu corpo
no calor de uma paixão,
seria menina e mulher,
embriagaria de prazer,
no teu ninho de amor,
apenas vestida com o perfume da flor.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos reservados).