quinta-feira, 21 de junho de 2012

VÍRGULA

Hoje refletindo o meu sentimento por ti,
descobri que muitas vezes desejei um ponto final,
mas sempre aparecia uma vírgula,
dois pontos ou ponto e vírgula,
não consegui terminar dentro de mim,
aquilo que nunca aconteceu do lado de fora,
tentei fugir,
ir embora,
a saudade bateu,
começou a doer,
não tive escolha,
porque mesmo longe dos meus olhos,
grudado estavas em minha alma.


Durante todos este anos,
esta vírgula teima em não partir,
a vírgula da esperança,
da chama acessa pelo teu amor,
da saudade que acompanha a solidão,
dos delírios em noites frias,
da tormenta do calor nos dias de verão,
na tempestade furiosa nas tardes da doce primavera,
do desespero das folhas caindo no outono,
dos pontos que se negam a terminar,
a loucura que é te amar.


A vírgula que agoniza  por não conseguir escrever fim,
que durante as noites sonha com teu cheiro de jasmim,
a vírgula da minha loucura,
meu amado querubim,
que no amanhecer espera a oportunidade de terminar,
ao adormecer acredita que no outro dia
terás um lindo fim,
finalmente o término da amargura encontrará o mel,
na tua boca meu moreno,
nos lábios dos meus desejos,
nele encontrarei finalmente,
o meu ponto final da tortura,
o início do nosso amor,
da nossa loucura,
meu lindo menino.


MÁRCIA MOLARINO - (Direitos Reservados).