sábado, 31 de março de 2012

MARCAS NA ROSA.

Deixei as marcas do meu batom na tua rosa,
ficou uma linda rosa  
com o vermelho do meu desejo,
deitei em uma cama macia,
nela o cheiro do perfume da tua rosa,
no teu corpo o meu cheiro,
usei o perfume revelar,
queria por inteira me mostrar,
neste delírio apenas te amar,
neste ninho de formosura,
ser tua mulher,
ser loucura no momento do amor,
junto com a tua rosa verde,
unir o meu batom vermelho,
ser dominada pelo  teu desejo,
meu amado.


MÁRCIA MOLARINO. _ (Direitos Reservados).

DESAMOR.

Rosas vermelhas jogadas na areia,
no mar da saudade ficou,
ainda existia o seu frescor,
mas do que adianta tanta beleza,
se a alma que as recebeu
foi dilacerada pelo desamor,
nem conseguiu contemplar a bela flor,
tamanha era a sua dor.


Em pedaços ficou o seu coração,
as lágrimas escorrendo em sua face,
eram as marcas de uma desilusão,
as feridas abertas de uma grande paixão,
rasgou o véu do encantamento,
no seu lugar a tortura da partida,
no jardim das promessas e emoções,
restou um rastro de sangue,
cor das rosas jogadas no chão,
o sangue da dor de uma grande ilusão.


Amanhã estas rosas estarão murchas,
seca como sua garganta,
alimentada pelo suor frio da sua alma,
sem coragem para a frente olhar,
são as dores recentes do rompimento,
dor da partida do amor,
que as águas do mar levou,
no seu lugar deixou,
as marcas profundas do desamor.


Mas este desamor teve o seu tempo
a flor desabrochou e como fênix ressurgiu
deixou de lado a sua dor e sarou
a canção libertou a alma em sangue
as lágrimas secaram de sua face
o deserto não é mais seco
o olhar do menino curou a alma
hoje o desamor se extinguiu, a flor renasceu para mim.


MÁRCIA MOLARINO. _ (Direitos Reservados).

sexta-feira, 16 de março de 2012

ONDA.

Amaria ser uma onda neste imenso mar,
não tenhas dúvidas meu amado,
para junto de ti levaria as minhas águas,
no voo de várias borboletas,
ao som da melodia entoada pelo mar,
o balé das borboletas iria te enfeitiçar,
para junto das águas te levaria,
nos teus braços sentiria,
neste paraíso de lugar,
a loucura do meu amor,
seria amada por ti,
meu amado Lord,
serias o meu cravo,
eu o teu jasmim.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

NASCENTE.


O amor é como as nascentes,
começa com um pequeno fio de água,
parece que de uma hora para outra vai acabar,
mas é o contrário,
com o tempo vão se fortalecendo,
criando uma força sobrenatural,
de repente se transformam em gigantescas cachoeiras,
onde a eternidade é o seu limite.

O amor pode até ser finito
quando do corpo brotar,
mas será eterno
quando da alma germinar.

MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

A FOTO.

Parei diante de uma foto,
diante de uma foto parei,
dois olhos me fixaram,
me corromperam,
me excitaram.


Do mistério,
deste olhar,
preciso fugir,
me desvencilhar.


Dois olhos me fixaram,
não posso  fixar,
porque posso me apaixonar.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

SAUDADE.

Estou com saudade do meu passado.
Estou com saudade do que não aconteceu.
Estou com saudade do teu rosto.
Estou com saudade do que não toquei.
Estou com saudade do que não senti.
Estou com saudade de ti.


O amanhecer me corrompe de saudade.
O entardecer me atormenta de saudade.
O anoitecer me enlouquece de saudade.
Na madrugada o meu pranto me consolou,
da saudade que doía em meu peito de ti,
que durante o dia foi tão forte,
que por muito pouco não desfaleci.


No horizonte apenas a saudade.
Na brisa só o momento da saudade.
No orvalho só o cheiro da saudade.
Na terra só as marcas da saudade,
onde você pisou e marcou,
deixando o rastro do nosso amor.


Saudade do amor.
Saudade do querer.
Saudade do teu olhar,
Saudade do meu desejo de querer,
ainda viver,
o meu amor com você.


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos reservados).