quinta-feira, 4 de outubro de 2012

CENA.

A dor da noite escurece os meus olhos,
mais uma noite de agonia,
viver entre o riso e a tristeza,
ter a companhia da insônia,
em alguns momentos a tua face,
em outros as minhas lágrimas,
tornando a noite fria,
sem nenhuma fantasia.

A minha alma vive num eterno tormento,
entre a alegria de te ver,
entre os teus sorrisos,
entre a memória fatídica,
o desespero das noites em branco,
o gosto amargo de fel na boca,
o desejo da tua presença,
a ânsia da minha cura.

A minha nuca endurece,
as minhas mãos tremem,
o meu peito dói,
sinto uma angústia,
ao mesmo tempo a esperança abre a porta,
sinto a sua luz entrar,
de repente a escuridão chega,
com ela o aperto na boca.

Quero tirar esta dor de dentro de mim,
quero chorar e gritar,
o silêncio me causa delírios,
o medo atormenta a minha alma,
a noite está chegando,
mais uma noite em branco,
o medo de dormir e sonhar com a cena,
transforma minha alma em prisioneira.

Quero arrancar esta dor,
quero tirar da minha memória a imagem,
criar flores no lugar,
mas o pesadelo me atormenta,
mais uma noite em branco,
vou virar um zumbi,
quero arrancar esta tristeza de dentro de mim,
esta dor está me consumindo.

Meu querubim,
se ver esta cena outra vez,
pobre de mim,
porque eu morro,
porque morrendo estou,
quero tirar esta cena de mim,
novamente a minha alma sorrir,
meu mundo escureceu,
pobre de mim ...............


MÁRCIA MOLARINO _ (Direitos Reservados).

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